Os dados do IBGE, analisados pela Embrapa Gado de Leite indicam a queda da produção de leite no Brasil no primeiro trimestre de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021, mas alguns estados do Nordeste apresentaram crescimento, Sergipe está entre eles, sendo o segundo estado com maior crescimento na produção leiteira.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar Sergipe, exerce grande contribuição para o crescimento da produção de leite no estado, com a capacitação dos produtores na Assistência Técnica e Gerencial, que leva atendimento individualizado às propriedades rurais, tornando-as mais produtivas e sustentáveis.
Segundo dados do IBGE, Sergipe produz uma média de 1 milhão de litros de leite por dia. Neste primeiro trimestre de 2022, foram produzidos e processados 89,306 milhões de litros.

O destaque no crescimento da pecuária leiteira de Sergipe em relação ao país, apresentado pela pesquisa da Embrapa Gado de Leite, se deve principalmente aos investimentos dos produtores de leite na atividade, com uso de tecnologias que aumentam a produtividade, melhorias no manejo sanitário e ainda na reprodução dos bovinos, o resultado é a produção de um leite de melhor qualidade.

“A capacitação é outro fator relevante para o crescimento da produção leiteira, o Senar Sergipe, por meio da Assistência Técnica e Gerencial, atendeu em 2022, 367 propriedades da bovinocultura de leite, o que representou 7,5% da produção do estado, com uma média diária por vaca de 13,42 litros, quase o dobro da média do estado, o que mostra que o produtor capacitado produz ainda mais, com redução de custos. Nosso objetivo é levar informação e fazer com que o produtor entenda sobre a gestão da propriedade, produzindo mais com menor custo.”, explicou o presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral.

As condições climáticas favoráveis em 2021 também contribuíram, já que a produção de forrageiras e milho, que faz parte da alimentação do gado, foi significativa.

Apesar dos aumentos constantes dos insumos e elevação dos custos de produção, que podem comprometer as margens de rentabilidade da pecuária de leite, outro fator que favoreceu o crescimento, foi a formalização das unidades processadores de leite do estado, o que aumentou a produção de leite formal no estado.