As propostas do setor agropecuário para o Plano Agrícola e Pecuário 2023/2024 foi a pauta do encontro realizado na última terça-feira (7), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), em Aracaju. O estado abriu a série de encontros regionais que acontecerão este semestre, promovidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Participaram do encontro, representantes de federações da região Nordeste, sindicatos rurais, produtores, associações e agentes financeiros, como Banco do Nordeste e Banese.

A safra de milho em Sergipe acontece em período diferente das outras regiões do país. Essa peculiaridade gera prejuízos com a garantia de crédito. O superintendente do Mapa em Sergipe, Haroldo Araújo Filho, explicou que o principal gargalo do estado e da região Sealba é a posição no calendário do Plano Safra.
“Nossos recursos chegam no final do calendário do Plano Safra vigente. Ano passado os recursos foram suspensos em fevereiro e só retornaram em junho. Isso dificulta o financiamento das lavouras”, explicou. Uma das propostas apontadas durante a reunião é o contingenciamento dos recursos principalmente para a região Sealba.
“Propomos que o governo contingencie ou reserve recursos para aplicação na Sealba, que já se mostrou como uma importante produtora de grãos, para que possamos financiar nossas lavouras, em especial a cultura do milho, que é o principal grão produzido por aqui”, pontuou.

O assessor em política agrícola da CNA, Guilherme Rios, explicou que a estratégia adotada este ano para elaboração do Plano Agrícola e Pecuário tem o objetivo de atender às especificidades de cada região do país.
“O agronegócio tem diversas características, e de diversos contrastes. A ideia é trazer propostas que consigam atender o produtor a curto e longo prazo, como a redução das taxas de juros, aumento do limite dos programas oficiais, alteração do enquadramento de renda e os programas de gestão de risco”, detalhou.
O Gerente de educação do Senar Paraíba, que também participou do encontro destacou a importância da iniciativa da CNA.
“A Paraíba, assim como Sergipe e outros estados do Nordeste, tem dificuldades diferentes das do restante do Brasil, principalmente quando caracteriza as pequenas propriedades, que é a maioria da nossa realidade. Essa discussão, junto à CNA é muito importante porque nós podemos lutar e buscar esses direitos no ambiente rural, trazendo a realidade dos nossos produtores e vendo no que podemos avançar”, finalizou.