Faese representa produtores durante reunião no Banco Central sobre mudanças no Proagro

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese) representou os produtores rurais nesta segunda-feira (14), durante reunião na sede do Banco Central, em Brasília, com representantes desta instituição, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Secretaria-Geral da Presidência da República. O encontro ocorreu às 10h, e teve como pauta as resoluções do BCB que impactaram diretamente a contratação do Proagro.

Segundo o presidente da Faese, Gustavo Dias, a participação da Federação foi fundamental, já que as mudanças afetam de forma significativa os pequenos e médios produtores de milho da região Sealba, fronteira agrícola que engloba municípios de Sergipe, Alagoas e Bahia. “Nossos produtores, todos de pequeno porte, viram a alíquota do Proagro Tradicional saltar de 8% para até 23%, o que torna as operações inviáveis devido ao alto custo. O produtor da nossa região não pode plantar sem o respaldo de um seguro rural”, destacou Gustavo Dias.

A reunião também contou com a presença dos ministros Márcio Macêdo e Paulo Teixeira, do diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, além das equipes técnicas dos ministérios e do BCB. Os participantes se comprometeram a dar continuidade ao diálogo, buscando propostas que garantam maior segurança à política pública do Proagro, tanto para os produtores quanto para o Governo Federal. Entre os pontos discutidos durante a reunião que devem ser analisados estão: aprimoramento do Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e sua aplicação em operações de maior risco, identificação de produtores com bom histórico, revisão do teto do Proagro, definição de novas alíquotas para o Proagro Tradicional e ajustes nos níveis de cobertura.

“O Proagro é considerado uma ferramenta essencial para os produtores da região Sealba. Sergipe, por exemplo, é o terceiro estado com maior número de operações voltadas à lavoura de milho no país. Precisamos de ajustes que garantam a continuidade do programa, sem causar desequilíbrio orçamentário, e que assegurem a viabilidade da produção, a sustentabilidade dos produtores e a vocação agrícola da região”, concluiu Gustavo Dias.