Sergipe recebeu o status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Uma conquista que elevará o padrão de qualidade dos bovinos, ampliará o mercado e diminuirá os custos com a produção – benefícios que têm sido motivos de comemoração entre os produtores dessa cadeia produtiva.
O pecuarista Edson Prata, proprietário da fazenda Japaratuba, no município de Nossa Senhora das Dores, já imunizou o seu rebanho, nesta que é a última Campanha de Vacinação, e celebrou o novo status.
“É um ganho imensurável! Os países lá fora vão poder comprar carne nossa. Com certeza, é um selo de qualidade, que quem ganha somos nós, produtores. Além de ser uma economia, por não precisar comprar vacina, e nem fazer o manejo do gado, que eu acho o mais complicado. […] Podemos dizer que estamos felizes com essa notícia de que estamos livres de fazer essa vacinação duas vezes ao ano”, disse.
A adesão à última campanha de vacinação obrigatória contra a doença é imprescindível para a manutenção do status. Atualmente, Sergipe possui cerca de 1,3 milhão de bovinos e bubalinos aptos a receber a vacina.
“Eu aconselho a todos os produtores a manter a vacinação em dia, até o dia 30. Buscando vacinar seu rebanho com maior rapidez possível, para garantir mais ainda essa liberdade que vamos ter agora”, sugere.
Além de incentivar os pecuaristas a aderir a campanha de imunização, Edson também ressalta a importância que a contribuição para o Fundo Emergencial Sanitário de Sergipe (Fedesa) tem para o desenvolvimento do setor.
“O fundo de reserva é algo muito importante, até porque a gente pode manter um custo, e ocorrendo um caso de aftosa lá na frente, este fundo de reserva vem a cobrir o rebanho daquela determinada região, daquele determinado local de foco”, explica.
Assim como Edson, milhares de outros pecuaristas precisam vacinar seus rebanhos e contribuir para o Fedesa, como forma de garantir que Sergipe continue entre os Estados livres de febre aftosa sem vacinação.
“Nós, junto com outras entidades que representam produtores rurais, criamos o fundo, já está implementado. É importante também que o produtor tenha consciência e consiga contribuir para esse fundo, para que a gente possa, em caso de emergência, indenizar os produtores”, afirma o presidente da Faese, Ivan Sobral.
Outros detalhes que os produtores precisam estar atentos é ao prazo da campanha, que vai até o dia 30 deste mês, e ao fato de não haver prorrogação.